Cada homem é uma raça, de Mia Couto (Companhia das Letras – 2015 – 200 p., R$ 39,90) contém 11 contos, originalmente publicados em 1990.
O grande escritor moçambicano mais uma vez destaca sua capacidade de criar cenários e palavras.
Os contos, porém, não diferem muito uns dos outros. A Rosa Caramela; Rosalinda a nenhuma; A princesa russa; O ex-futuro padre e sua pré-viúva; Mulher de mim; A lenda da noiva e do forasteiro; Os mastros do Paralém falam de um amor impossível entre uma mulher e um homem. São previsíveis.
O apocalipse privado de tio Geguê; e Sidney Poitier na barbearia de Firipe Beruberu foram os dois de que eu mais gostei.
Outros dois contos no livro são O Embodeiro que sonhava pássaros, bastante poético; e O pescador cego.
Concluí a leitura sem ter a mesma excelente impressão que havia tido com Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra; e com Contos do nascer da Terra.
Fica porém a dica para sempre se procurar uma obra de Mia Couto, para descansar os olhos e exercitar o cérebro.